Regimes Autoritários, Fascismos, Grupos Sociais e Formas de Resistência (Leituras Clássicas e Visões do Cinema)

Curso de M/D = Aberto aos alunos de graduação ministrado pelo Prof. Dr. Francisco Carlos Teixeira da Silva.

OBJETIVO DA DISCIPLINA: Trata-se de uma análise das diversas formas que assumiram, durante a história contemporânea e o tempo presente, os regimes ditos de exceção, como ênfase nas formas da ditadura tradicional – pessoal, civil e militar – , as formas de bonapartismo e as formas históricas e contemporâneas de fascismo. Procuraremos relacionar a configuração das instituições e do Estado com a dinâmica dos grupos sociais e as formas de colab ora&cced il;ão, consentimento, sedução e Resistencia, distinguindo entre “Resistência/Widerstand” e “Resistenz/Resistências Civis”, entendidas tanto como trajetórias individuais como trajetórias coletivas de acomodação e Resistencia perante os regimes ditos autoritários como a literatura clássica e a produção fílmica.

EMENTA: Análise das formas do Estado autoritário, das suas instituições e das relações com os grupos sociais e as formas de acomodação e resistência perante o autoritarismo estatal nas sociedades contemporâneas.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Unidade I  O Estado em Questão: o debate contemporâneo sobre a natureza, extensão e características do Estado. O Estado Gendarme, O Estado Gerente, O Estado Partido e o Estado Nação. Smith, Marx, Nietzsche, Freud, Lênin.
Unidade II As Teorias Clássicas de Crise da Democracia Liberal ( 1929-1945) – Max Weber;  a III Internacional; Karl Polanyi; os “ outros marxismos” : Antonio Gramsci; a Teoria Crítica da Sociedade.
Unidade III Ditadura: formas, instituições, dinâmica e colapso. A Ditadura Clássica: Ditadura civil e a ditadura militar.
Unidade IV: Bonapartismo: Análise do conceito e sua aplicação histórica. A abordagem freudo-frankfurtianiana. Adorno, Neumann e Marcuse.
UNIDADE V: O Fascismo cotidiano Os micro-fascismos e o tempo presente. A banalidade do Mal e o Mal como Gozo. Hannah Arendt em face de Jean Amery.  A fascistização na sociedade liberal. Fascismo e stalinismo.
Unidade VI: Os fascismos históricos:  conceitos, formas históricas; fascismo-movimento e fascismo-Estado. O Caso dos “clérico-fascismo”: Espanha, Portugal, Romênia e Eslováquia; Fascismos e Grupos Sociais; Fascismos e formas de colaboração: acomodação, consentimento e “sedução”; A Resistência: a poliformia da Resistencia. Fascismo conceitual: a Querela dos Historiadores.
Unidade VII: “Neo”, “Pós”, “Proto” ou “Ressurgência” dos Fascismos. Um debate para além da academia.    

BIBLIOGRAFIA:
Amery,  Jean. At the Mind’s Limits Contemplations by a Survivor of Auschwitz and Its Realities. Trans. Sidney and Stella P. Rosenfeld. Bloomington: Indiana University Press, 1980.
Arendt, Hannah. Eichmann em Jerusalém. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.
Ayass, Wolfgang. “Assoziale” im Nationalsozialismus. Klett-Cotta, Stuttgart 1995.
Bédarida, François. Histoire, Critique et Responsabilité. Paris, HITP, 2003 
Browning, Christopher. Ordinary Men. Reserve Police Battalion 101 and the Final Solution in Poland, New York, Harper Collins, 1992.
Burgio, Alberto. Nel Nome della Razza. Bolonha, Il Mulino, 1979.
De Grazia,  Vittoria. Essere madri in Le donne nel regime fascista, Marsilio, Venezia, 2007.
Duarte Loza, Daniel e Francia, Magalí. “Entre la manipulación y la resistencia. Tango e Folclore como sobrevivvientes de la ditadura cívico-militar. La Plata, Universidad Nacional. In: https://bellasartesestetica.files.wordpress.com/2012/08/entre-la-manipulacic3b3n-y-la-resistencia-tango-y-folclore-como-sobrevivientes-de-la-dictadura-cc3advico-milita r-duarte -loza-fran.pdf.
Faye, Jean Pierre. Langages Totalitaires. Paris, Hermann, 1971.
Freud, Sigmund. O Mal-Estar na Civilização. Rio de janeiro, Imago, 1969.
Gay, Peter. O Cultivo do Ódio. São Paulo, Cia das Letras, 1998.
Ginzburgo, Carlo. História Noturna. São Paulo, Companhia das Letras, 1998, em especial a “Introdução”, p. 9 e ss.
Gramsci, Antonio. “Problemas Culturais” In: Obras Escolhidas. vol. II, pp. 207-208, Lisboa, Editorial Stampa, 1974.
Gramsci, Antonio. El “Risorgimmento”. Buenos Aires, Granica, 1974.
Ingrao, Christian. Crer & Destruir. Os Intelectuais na Máquina de Guerra da SS Nazista. Rio de Janeiro, Zahar, 2015.
Kater, Michael. “Forbidden Fruit? Jazz in the Third Reich” In: American Historical Review, 94, 1984, pp. 11-43.
Kershaw, Ian e LEWIN, Moshe (Org.) Stalism and Nazism. Dictatorship im Comparaison. Cambridge, Unversity Press, 1997.
Kershaw, Ian. Der NS-Staat. Hamburgo, Rowohlt, 1995 ( há edição em inglês).
Kershaw, Ian. Hitler. São Paulo, Companhia das Letras, 2016.
Klemperer, Victor. LTI. A Linguagem do Terceiro Reich. Rio de Janeiro, Contraponto, 2009.
Knopper, François et alii: Le National-Socilisme: une rèvoltution? Toulouse, Presse Universitaire du Mirail, 1996.
Milza, Pierre e Berstein, Serge. Le Fascisme Italien. Paris, Éditions du Seuil, 1980.
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Neumann Franz. Estado Democrático e Estado Autoritário. Rio de Janeiro, Zahar, 1969.
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Parada, Mauricio. Fascismos. Conceitos e Experiencias. Rio de Janeiro, Mauad, 2008.
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Poulantzas, Nicos. Ditadura e Fascismo. Lisboa, Editorial Estampa, 1970.
Runciman, David. Como as Democracias chegam ao fim. São Paulo, Todavia, 2018.
Teixeira Da Silva, Francisco C. (Org.). O século Sombrio. Rio de Janeiro, Elsevier, 2008.
Teixeira Da Silva, Francisco C. et Schurster, Karl. Ensino da História, Regimes Autoritários e Traumas Coletivos. Recife/Rio de janeiro, Edupe/Autografia, 2017.
Teixeira Da Silva, Francisco C. et Schurster, Karl. O Cinema Vai à Guerra. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2016.
Weale, Adrian. The SS: a new history. Londres, Ábacos Ed., 2011.


FILMES:
Au Revoir les Enfants, França, Louis Male, 1987.
Lacombe Lucien, França, Louis Male, 1974.
Section Spéciale ( Uma Sessão especial de Justiça ), Costa Gravas, França, 1974.
O Caso dos Irmãos Naves, Brasil, Luiz Sérgio Person, 1967.
Hiroshima, Mon Amour, França,  Alain Resnais,  1959.
Roma, Città Aperta ( Roma, Cidade Aberta), Roberto Rosselini, 1945.
Germania, ora zero ( Alemanha, hora zero ), Itália/Alemanha, Roberto Rosselini, 1948.Die Mörder sind unter Uns (Os Assassinos Estão Entre Nós), Alemanha,  Wolfgang Staudte, 1946.